Organizada pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, a mostra Imagine um lugar... mostra o resultado do mapeamento do patrimônio material e imaterial de 184 municípios realizado pelo Projeto Secult Itinerante
PROJETO Secult Itinerante mapeou o patrimônio material e imaterial de 184 municípios cearenses em um percurso com 1 ano de duração.
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é sede da exposição Imagine Um lugar....., com curadoria de Dodora Guimarães. Promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, a mostra apresenta, em seis módulos, uma síntese das viagens realizadas aos 184 municípios do Ceará pelo Projeto Secult Itinerante. Mais de 300 obras são exibidas em diferentes localidades do CDMAC, incluindo pinturas, fotografias, objetos artesanais e arqueológicos.
Depois de passar o ano de 2005 percorrendo os 184 municípios cearenses, o Cultura em Movimento - Secult Itinerante , que mapeou e cadastrou o patrimônio material e imaterial, prestou serviços à população, ofereceu programas de capacitação e fomentou a difusão cultural, conquistando, inclusive o prêmio Cultura Viva, do Ministério da Cultura (Minc). Como primeira Secretaria em gestão pública do Brasil, a Secult Ceará apresenta ao público os números e as histórias desta bem-sucedida excursão cultural. Na capital foram beneficiados 136 bairros, com 329 ações culturais para um público de mais de 38 mil pessoas.
O resultado do trabalho é apresentado em um grande mosaico cultural através dos módulos Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá, A Gente No Lugar Da Gente, A Cerâmica No Ceará, As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte, E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez... e Poemas da Beira do Caminho. Cada um deles busca mostrar um recorte dos costumes dos municípios visitados.
O percurso da equipe inclui as seguintes regiões: Baixo Jaguaribe (Limoeiro, Quixeré, Ererê, Iracema...), Maciço de Baturité (Pacoti, Mulungu, Aratuba,Ocara...), Litoral Leste (Aracati, Itaiçaba, Icapuí, Pindoretama...), Cariri (Juazeiro, Salitre, Araripe, Caririaçu...), Sertão Central (Quixeramobim, Ibaretama, Banabuiú, Milhã...), Centro-Sul e Vale do Salgado (Iguatú, Orós, Quixelô, Icó...) Vale do Curu e Litoral Oeste (Paracuru, Paraipaba, Itapipoca, Jijoca...), Inhamuns (Ararendá, Poranga, Ipaporanga, Tauá ...), Ibiapaba e Vale do Acaraú (Irauçuba, Ipú, Coreaú, Tianguá...), Fortaleza e Região Metropolitana (Pacatuba, Pacajus, Guaiúba, Maracanau...).
Confira a sinopse dos módulos da exposição Imagine Um Lugar...
Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá
Imagine-se em Juazeiro ou em Canindé, na procissão do Senhor dos Passos em Sobral, na Festa do Bonfim em Icó ou, na Matriz de Nossa Senhora da Paz, em Arneirós, de onde vem o Cristo que abençoa este quadrante. Na esteira dessa teia, o módulo Daqui pra lá de lá pra cá mostra a beleza de algumas Igrejas do Ceará, como a edificada pela Ordem dos Jesuítas, em Almofala (Itarema) que soterrada, após 40 anos ressurgiu como se o peso da duna tivesse a leveza do vento. É nessa beira de praia onde mora a cultura Tremembé da índia Maria Geralda, autora dos colares expostos. E onde outras culturas aportaram para expandir a rede e a renda hoje tão naturais da terra. A almofada de renda de bilros é um presente do Acaraú; as peças de Labirinto vêem do rico acervo de dona Maria de Geraldo, do Aracati; e o inconfundível Filé é da inventora do novo filé, Maria Perpétua Martins. Mestre Vino, da doce Irauçuba, é o autor da rabeca exposta. Mestres santeiros que não freqüentaram escola dão aqui o ponto final. Mestre Joviniano, de Crateús; Raimundo Caetano, Beto, Eugênio, Zumbin, dona Helena, José Ferreira e as Marias (Lourdes, Maria Cândido e a Corrinha) de Juazeiro, de onde vêm as 400 rosas feitas por Djanira Paulo dos Santos. Destacamos ainda a imaginária de Canindé, na representação de São Francisco e de Santa Luzia.
A Gente No Lugar Da Gente
O módulo chama a atenção para a importância de se trabalhar o patrimônio cultural do Ceará, lançando luz sobre os artistas aqui representados, estes atores sociais que na solidão de seus mundos inventam ferramentas capazes de quebrar o isolamento em que vivem, dentre outros: Guido Darezzo, de Crateús; Mestre Manuel Graciano e seu filho Francisco Cardoso, de Juazeiro e Brejo Santo, respectivamente; José Cordeiro, João Paulo e Kalys Stênio, de Aurora, Wildhy e Matias, escultores de Ubajara, iniciados por Franck; e a dupla Luis e Antônio, de Guaraciaba do Norte.
A Cerâmica No Ceará
Neste módulo, encontram-se representadas as produções de Córrego de Areia, Limoeiro do Norte; Tope, Viçosa do Ceará; Moita Redonda, Cascavel; Alegria e Escondido, Ipu; Jamacaru, e Passagem de Pedra, Missão Velha; Cachoeira de Fogo, Independência; São Domingos, Caridade. Trabalho feminino por excelência, a arte da cerâmica exige muito do corpo – na feitura do pote, por exemplo, trabalha-se girando em torno da forma mole que vai sendo levantada pelo equilíbrio tátil da louceira hábil e destra. É essa curiosa dança de gestos tão belos que eterniza o design do pote, esse misterioso recipiente que mantém a temperatura da água como se fora a sua própria fonte. Invenção dos nossos antecedentes indígenas, aprimorada pela queima africana.
Um passeio nas Feiras Livres e Mercados do Ceará é um encontro marcado com essas belezas que têm tudo a ver com a cor morena da Terra de Iracema.
As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte
Elas são muitas. E têm nomes lindos, poéticos: Meruoca, Aratanha, Uruburetama, Guaramiranga, Kinamuiú... Mas, vamos nos restringir a falar das Chapadas que dividem com os verdes mares bravios a moldura do Ceará. .
Num vôo que não é só poético, a exposição sublinha que essa cordilheira de chapadas, espécie de grande ventre do Ceará, está neste lugar para lembrar que o nosso sertão um dia foi mar. O Museu de Paleontologia da URCA – Universidade Regional do Vale do Cariri, de Santana do Cariri, traz alguns de seus tesouros como testemunhos. Chegando mais próximo do nosso tempo, pelas vias da civilização, a arqueóloga Marcélia Marques colabora comentando aspectos relevantes da Arqueologia no Ceará.
E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez...
Passeio virtual na Gruta de Ubajara, ao som das Mil e Uma Estórias do Ceará colhidas pelo Projeto Secult Itinerante – Cultura em Movimento.
Poemas da Beira do Caminho
Como compreender a cultura, senão como um jogo, imaginado numa grande malha que vai sendo tecida sobre um lugar, com muitos fios e cores, onde cada pedaço da conta do todo. Poemas da Beira do Caminho vai nessa direção. Através de uma amostragem de alguns exemplares, coletados no percurso da itinerância, a proposta de um diálogo com a meninada. Aproximando-os das fantasias e das brincadeiras que alegram e particularizam o imaginário cearense.
Serviço: Em cartaz no Memorial da Cultura Cearense (MCC) e espaços abertos do Centro Cultural. Nos Espaços abertos a visitação é gratuita. No MCC, a visitação acontece de terça à domingo, das 14h às 21h30. Ingressos: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia). Aos domingos a entrada é gratuita. Informações: 3488.8600.
Fonte:http://www.dragaodomar.org.br
PROJETO Secult Itinerante mapeou o patrimônio material e imaterial de 184 municípios cearenses em um percurso com 1 ano de duração.
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é sede da exposição Imagine Um lugar....., com curadoria de Dodora Guimarães. Promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, a mostra apresenta, em seis módulos, uma síntese das viagens realizadas aos 184 municípios do Ceará pelo Projeto Secult Itinerante. Mais de 300 obras são exibidas em diferentes localidades do CDMAC, incluindo pinturas, fotografias, objetos artesanais e arqueológicos.
Depois de passar o ano de 2005 percorrendo os 184 municípios cearenses, o Cultura em Movimento - Secult Itinerante , que mapeou e cadastrou o patrimônio material e imaterial, prestou serviços à população, ofereceu programas de capacitação e fomentou a difusão cultural, conquistando, inclusive o prêmio Cultura Viva, do Ministério da Cultura (Minc). Como primeira Secretaria em gestão pública do Brasil, a Secult Ceará apresenta ao público os números e as histórias desta bem-sucedida excursão cultural. Na capital foram beneficiados 136 bairros, com 329 ações culturais para um público de mais de 38 mil pessoas.
O resultado do trabalho é apresentado em um grande mosaico cultural através dos módulos Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá, A Gente No Lugar Da Gente, A Cerâmica No Ceará, As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte, E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez... e Poemas da Beira do Caminho. Cada um deles busca mostrar um recorte dos costumes dos municípios visitados.
O percurso da equipe inclui as seguintes regiões: Baixo Jaguaribe (Limoeiro, Quixeré, Ererê, Iracema...), Maciço de Baturité (Pacoti, Mulungu, Aratuba,Ocara...), Litoral Leste (Aracati, Itaiçaba, Icapuí, Pindoretama...), Cariri (Juazeiro, Salitre, Araripe, Caririaçu...), Sertão Central (Quixeramobim, Ibaretama, Banabuiú, Milhã...), Centro-Sul e Vale do Salgado (Iguatú, Orós, Quixelô, Icó...) Vale do Curu e Litoral Oeste (Paracuru, Paraipaba, Itapipoca, Jijoca...), Inhamuns (Ararendá, Poranga, Ipaporanga, Tauá ...), Ibiapaba e Vale do Acaraú (Irauçuba, Ipú, Coreaú, Tianguá...), Fortaleza e Região Metropolitana (Pacatuba, Pacajus, Guaiúba, Maracanau...).
Confira a sinopse dos módulos da exposição Imagine Um Lugar...
Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá
Imagine-se em Juazeiro ou em Canindé, na procissão do Senhor dos Passos em Sobral, na Festa do Bonfim em Icó ou, na Matriz de Nossa Senhora da Paz, em Arneirós, de onde vem o Cristo que abençoa este quadrante. Na esteira dessa teia, o módulo Daqui pra lá de lá pra cá mostra a beleza de algumas Igrejas do Ceará, como a edificada pela Ordem dos Jesuítas, em Almofala (Itarema) que soterrada, após 40 anos ressurgiu como se o peso da duna tivesse a leveza do vento. É nessa beira de praia onde mora a cultura Tremembé da índia Maria Geralda, autora dos colares expostos. E onde outras culturas aportaram para expandir a rede e a renda hoje tão naturais da terra. A almofada de renda de bilros é um presente do Acaraú; as peças de Labirinto vêem do rico acervo de dona Maria de Geraldo, do Aracati; e o inconfundível Filé é da inventora do novo filé, Maria Perpétua Martins. Mestre Vino, da doce Irauçuba, é o autor da rabeca exposta. Mestres santeiros que não freqüentaram escola dão aqui o ponto final. Mestre Joviniano, de Crateús; Raimundo Caetano, Beto, Eugênio, Zumbin, dona Helena, José Ferreira e as Marias (Lourdes, Maria Cândido e a Corrinha) de Juazeiro, de onde vêm as 400 rosas feitas por Djanira Paulo dos Santos. Destacamos ainda a imaginária de Canindé, na representação de São Francisco e de Santa Luzia.
A Gente No Lugar Da Gente
O módulo chama a atenção para a importância de se trabalhar o patrimônio cultural do Ceará, lançando luz sobre os artistas aqui representados, estes atores sociais que na solidão de seus mundos inventam ferramentas capazes de quebrar o isolamento em que vivem, dentre outros: Guido Darezzo, de Crateús; Mestre Manuel Graciano e seu filho Francisco Cardoso, de Juazeiro e Brejo Santo, respectivamente; José Cordeiro, João Paulo e Kalys Stênio, de Aurora, Wildhy e Matias, escultores de Ubajara, iniciados por Franck; e a dupla Luis e Antônio, de Guaraciaba do Norte.
A Cerâmica No Ceará
Neste módulo, encontram-se representadas as produções de Córrego de Areia, Limoeiro do Norte; Tope, Viçosa do Ceará; Moita Redonda, Cascavel; Alegria e Escondido, Ipu; Jamacaru, e Passagem de Pedra, Missão Velha; Cachoeira de Fogo, Independência; São Domingos, Caridade. Trabalho feminino por excelência, a arte da cerâmica exige muito do corpo – na feitura do pote, por exemplo, trabalha-se girando em torno da forma mole que vai sendo levantada pelo equilíbrio tátil da louceira hábil e destra. É essa curiosa dança de gestos tão belos que eterniza o design do pote, esse misterioso recipiente que mantém a temperatura da água como se fora a sua própria fonte. Invenção dos nossos antecedentes indígenas, aprimorada pela queima africana.
Um passeio nas Feiras Livres e Mercados do Ceará é um encontro marcado com essas belezas que têm tudo a ver com a cor morena da Terra de Iracema.
As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte
Elas são muitas. E têm nomes lindos, poéticos: Meruoca, Aratanha, Uruburetama, Guaramiranga, Kinamuiú... Mas, vamos nos restringir a falar das Chapadas que dividem com os verdes mares bravios a moldura do Ceará. .
Num vôo que não é só poético, a exposição sublinha que essa cordilheira de chapadas, espécie de grande ventre do Ceará, está neste lugar para lembrar que o nosso sertão um dia foi mar. O Museu de Paleontologia da URCA – Universidade Regional do Vale do Cariri, de Santana do Cariri, traz alguns de seus tesouros como testemunhos. Chegando mais próximo do nosso tempo, pelas vias da civilização, a arqueóloga Marcélia Marques colabora comentando aspectos relevantes da Arqueologia no Ceará.
E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez...
Passeio virtual na Gruta de Ubajara, ao som das Mil e Uma Estórias do Ceará colhidas pelo Projeto Secult Itinerante – Cultura em Movimento.
Poemas da Beira do Caminho
Como compreender a cultura, senão como um jogo, imaginado numa grande malha que vai sendo tecida sobre um lugar, com muitos fios e cores, onde cada pedaço da conta do todo. Poemas da Beira do Caminho vai nessa direção. Através de uma amostragem de alguns exemplares, coletados no percurso da itinerância, a proposta de um diálogo com a meninada. Aproximando-os das fantasias e das brincadeiras que alegram e particularizam o imaginário cearense.
Serviço: Em cartaz no Memorial da Cultura Cearense (MCC) e espaços abertos do Centro Cultural. Nos Espaços abertos a visitação é gratuita. No MCC, a visitação acontece de terça à domingo, das 14h às 21h30. Ingressos: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia). Aos domingos a entrada é gratuita. Informações: 3488.8600.
Fonte:http://www.dragaodomar.org.br
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