terça-feira, 25 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Diversidade cultural cearense é reunida em grande exposição no Dragão do Mar

Organizada pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, a mostra Imagine um lugar... mostra o resultado do mapeamento do patrimônio material e imaterial de 184 municípios realizado pelo Projeto Secult Itinerante
PROJETO Secult Itinerante mapeou o patrimônio material e imaterial de 184 municípios cearenses em um percurso com 1 ano de duração.
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é sede da exposição Imagine Um lugar....., com curadoria de Dodora Guimarães. Promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, a mostra apresenta, em seis módulos, uma síntese das viagens realizadas aos 184 municípios do Ceará pelo Projeto Secult Itinerante. Mais de 300 obras são exibidas em diferentes localidades do CDMAC, incluindo pinturas, fotografias, objetos artesanais e arqueológicos.
Depois de passar o ano de 2005 percorrendo os 184 municípios cearenses, o Cultura em Movimento - Secult Itinerante , que mapeou e cadastrou o patrimônio material e imaterial, prestou serviços à população, ofereceu programas de capacitação e fomentou a difusão cultural, conquistando, inclusive o prêmio Cultura Viva, do Ministério da Cultura (Minc). Como primeira Secretaria em gestão pública do Brasil, a Secult Ceará apresenta ao público os números e as histórias desta bem-sucedida excursão cultural. Na capital foram beneficiados 136 bairros, com 329 ações culturais para um público de mais de 38 mil pessoas.
O resultado do trabalho é apresentado em um grande mosaico cultural através dos módulos Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá, A Gente No Lugar Da Gente, A Cerâmica No Ceará, As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte, E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez... e Poemas da Beira do Caminho. Cada um deles busca mostrar um recorte dos costumes dos municípios visitados.
O percurso da equipe inclui as seguintes regiões: Baixo Jaguaribe (Limoeiro, Quixeré, Ererê, Iracema...), Maciço de Baturité (Pacoti, Mulungu, Aratuba,Ocara...), Litoral Leste (Aracati, Itaiçaba, Icapuí, Pindoretama...), Cariri (Juazeiro, Salitre, Araripe, Caririaçu...), Sertão Central (Quixeramobim, Ibaretama, Banabuiú, Milhã...), Centro-Sul e Vale do Salgado (Iguatú, Orós, Quixelô, Icó...) Vale do Curu e Litoral Oeste (Paracuru, Paraipaba, Itapipoca, Jijoca...), Inhamuns (Ararendá, Poranga, Ipaporanga, Tauá ...), Ibiapaba e Vale do Acaraú (Irauçuba, Ipú, Coreaú, Tianguá...), Fortaleza e Região Metropolitana (Pacatuba, Pacajus, Guaiúba, Maracanau...).
Confira a sinopse dos módulos da exposição Imagine Um Lugar...
Daqui Pra Lá De Lá Pra Cá
Imagine-se em Juazeiro ou em Canindé, na procissão do Senhor dos Passos em Sobral, na Festa do Bonfim em Icó ou, na Matriz de Nossa Senhora da Paz, em Arneirós, de onde vem o Cristo que abençoa este quadrante. Na esteira dessa teia, o módulo Daqui pra lá de lá pra cá mostra a beleza de algumas Igrejas do Ceará, como a edificada pela Ordem dos Jesuítas, em Almofala (Itarema) que soterrada, após 40 anos ressurgiu como se o peso da duna tivesse a leveza do vento. É nessa beira de praia onde mora a cultura Tremembé da índia Maria Geralda, autora dos colares expostos. E onde outras culturas aportaram para expandir a rede e a renda hoje tão naturais da terra. A almofada de renda de bilros é um presente do Acaraú; as peças de Labirinto vêem do rico acervo de dona Maria de Geraldo, do Aracati; e o inconfundível Filé é da inventora do novo filé, Maria Perpétua Martins. Mestre Vino, da doce Irauçuba, é o autor da rabeca exposta. Mestres santeiros que não freqüentaram escola dão aqui o ponto final. Mestre Joviniano, de Crateús; Raimundo Caetano, Beto, Eugênio, Zumbin, dona Helena, José Ferreira e as Marias (Lourdes, Maria Cândido e a Corrinha) de Juazeiro, de onde vêm as 400 rosas feitas por Djanira Paulo dos Santos. Destacamos ainda a imaginária de Canindé, na representação de São Francisco e de Santa Luzia.
A Gente No Lugar Da Gente
O módulo chama a atenção para a importância de se trabalhar o patrimônio cultural do Ceará, lançando luz sobre os artistas aqui representados, estes atores sociais que na solidão de seus mundos inventam ferramentas capazes de quebrar o isolamento em que vivem, dentre outros: Guido Darezzo, de Crateús; Mestre Manuel Graciano e seu filho Francisco Cardoso, de Juazeiro e Brejo Santo, respectivamente; José Cordeiro, João Paulo e Kalys Stênio, de Aurora, Wildhy e Matias, escultores de Ubajara, iniciados por Franck; e a dupla Luis e Antônio, de Guaraciaba do Norte.
A Cerâmica No Ceará
Neste módulo, encontram-se representadas as produções de Córrego de Areia, Limoeiro do Norte; Tope, Viçosa do Ceará; Moita Redonda, Cascavel; Alegria e Escondido, Ipu; Jamacaru, e Passagem de Pedra, Missão Velha; Cachoeira de Fogo, Independência; São Domingos, Caridade. Trabalho feminino por excelência, a arte da cerâmica exige muito do corpo – na feitura do pote, por exemplo, trabalha-se girando em torno da forma mole que vai sendo levantada pelo equilíbrio tátil da louceira hábil e destra. É essa curiosa dança de gestos tão belos que eterniza o design do pote, esse misterioso recipiente que mantém a temperatura da água como se fora a sua própria fonte. Invenção dos nossos antecedentes indígenas, aprimorada pela queima africana.
Um passeio nas Feiras Livres e Mercados do Ceará é um encontro marcado com essas belezas que têm tudo a ver com a cor morena da Terra de Iracema.
As Serras Que Azulam O Nosso Horizonte
Elas são muitas. E têm nomes lindos, poéticos: Meruoca, Aratanha, Uruburetama, Guaramiranga, Kinamuiú... Mas, vamos nos restringir a falar das Chapadas que dividem com os verdes mares bravios a moldura do Ceará. .
Num vôo que não é só poético, a exposição sublinha que essa cordilheira de chapadas, espécie de grande ventre do Ceará, está neste lugar para lembrar que o nosso sertão um dia foi mar. O Museu de Paleontologia da URCA – Universidade Regional do Vale do Cariri, de Santana do Cariri, traz alguns de seus tesouros como testemunhos. Chegando mais próximo do nosso tempo, pelas vias da civilização, a arqueóloga Marcélia Marques colabora comentando aspectos relevantes da Arqueologia no Ceará.
E Era Uma Vez, E Era Uma Vez, E Era Uma vez...
Passeio virtual na Gruta de Ubajara, ao som das Mil e Uma Estórias do Ceará colhidas pelo Projeto Secult Itinerante – Cultura em Movimento.
Poemas da Beira do Caminho
Como compreender a cultura, senão como um jogo, imaginado numa grande malha que vai sendo tecida sobre um lugar, com muitos fios e cores, onde cada pedaço da conta do todo. Poemas da Beira do Caminho vai nessa direção. Através de uma amostragem de alguns exemplares, coletados no percurso da itinerância, a proposta de um diálogo com a meninada. Aproximando-os das fantasias e das brincadeiras que alegram e particularizam o imaginário cearense.
Serviço: Em cartaz no Memorial da Cultura Cearense (MCC) e espaços abertos do Centro Cultural. Nos Espaços abertos a visitação é gratuita. No MCC, a visitação acontece de terça à domingo, das 14h às 21h30. Ingressos: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia). Aos domingos a entrada é gratuita. Informações: 3488.8600.
Fonte:http://www.dragaodomar.org.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

No Ceará tem disso sim!!!

Peixe

Pássaro
Paisagem


O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Ceará, em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser” brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste.

O talento do artista se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira.

Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor, apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente.

O artista participou de diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar.

Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura.

Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade.


Falece em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no Hospital São Luís em São Paulo.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mundo dos Olhares apóia a campanha contra Pedofilia

GENTILEZA


Gentileza

Marisa Monte

Apagaram tudo,
pintaram tudo de cinza.
A palavra no muro
ficou coberta de tinta.
Apagaram tudo,
pintaram tudo de cinza.
Só ficou, no muro,
tristeza e tinta fresca.
Nós que passamos apressados
pelas ruas da cidade
merecemos ler as letras
e as palavras de Gentileza.
Marisa Monte
Por isso eu pergunto
a você no mundo
se é mais inteligente
o livro ou a sabedoria.
O mundo é uma escola,
a vida é o circo.
Amor, palavra que liberta,
já dizia o Profeta.

Gentileza gera Gentileza

Todas as manhãs eu o via. Era por volta de 1992, 1993, eu morava na zona sul do Rio e trabalhava no centro, na Avenida Presidente Vargas. Não me lembro bem qual era o caminho que pegava, mas o certo é que aquela figurinha magra, mirrada mesmo, chamava a atenção na paisagem cinza de viadutos e avenidas centrais, com sua bata branca, branquíssima, tão alva quanto suas longas barbas.
Carregava uma placa escrita em preto, verde e amarelo, com dizeres que em nada combinavam com o trânsito ou com o corre-corre das pessoas, a maioria delas ignorando-o solenemente.
Eu não conseguia ignorá-lo, intrigava aquela figura que pregava gentileza na plaqueta singela e também nos grafites que pespegava nos muros da redondeza, bem como nas colunas dos viadutos.
Era o Profeta Gentileza, um desses homens, maluco para muitos, mas que para mim são aqueles seres que simplesmente resolvem ir, deixar para trás tudo, seja lá o que for, e simplesmente ir. No caso dele, foi em direção a uma atitude de vida absolutamente pacifista e de sã insensatez, branca como sua barba e sua bata: gentileza gera gentileza.
Ele talvez nunca tenha lido nada referente a budismo, cujos preceitos contemplam essa assertiva. E provavelmente não estivesse nem aí se todo aquele povaréu que passava apressado levava a sério ou na chacota a sua mensagem — passada a ele sabe-se lá por quem ou por quais desígnios.
Mas o Profeta Gentileza era e tornou-se cada vez mais uma figura daquelas carimbadas, referência naquele centro do Rio. Virou personagem de reportagens, deu entrevistas nas quais tentava justificar inexplicavelmente seus dogmas, até que morreu não sei ao certo quando.
Outro dia, passando naquela área do Rio próxima à rodoviária, zona portuária deteriorada como quê, lá estavam os escritos do Profeta, preservados por outros malucos, na pilastra do viaduto.
Fiquei feliz com aquilo. Havia, portanto, mais gente interessada na simplicidade do que o homem dizia e que pode ser, no fundo, uma grande verdade: gentileza gera gentileza...
Por que não?
Eis que, mais recentemente, andando pelos orkuts da vida, entro na página de uma amiga e o que encontro por lá? A reprodução da mensagem do Gentileza, tal e qual ele carregava em sua placa profética.
Daí a querer transformar o dito espirituoso que me conquistou para sempre em mensagem foi um passo.
Portanto, aí está: gentileza gera gentileza.
Fonte: Folha Online.
Luiz Caversan, 52, é jornalista, produtor cultural e consultor na área de Comunicação Corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos Cotidiano, Ilustrada e Dinheiro, entre outros. Escreve para a Folha Online.

terça-feira, 11 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O sol sempre nasce no outro dia

Depois de uma tempestade ou de um dia perfeito, o amanhã é um outro dia para se viver!!!
Amanhã é dia de lembrar, é dia de sorrir, é dia de acreditar, e de pedir perdão, dia de perdoar, de ligar para os amigos, de trabalhar e estudar, de querer tanto bem a alguém, de passar o dia com a família, de pensar em besteiras mas dar risos por isso, de pedir para papai do céu, de querer tomar banho de mar, de andar descalço dentro de casa, de ver uma fotografia e não querer mais parar, de se arrepender, de ler um livro, de sentir vontade de não fazer nada, de olhar pro sol, de vestir uma roupa que se sinta bem, dia de passar o melhor perfume, de conversar bobagens com alguém e se sentir bem, de esquecer, de relembrar, de acreditar que vem um ano melhor, de sentir vontade de passar o dia dançando, de dormir tarde, de fazer uma retrospectiva da vida, de querer melhorar alguma coisa, de conversar com si mesmo, de dizer bom dia, boa tarde e boa noite, de implicar com alguém, de dizer te amo a quem deve, dia de ouvir uma boa música, de ver alguém especial, de pedir um tempo, de dá um tempo, é dia de acreditar em hoje...
O sol sempre nasce no outro dia e com ele a esperança!!! Faça valer a pena.

Ser Criança

Ser criança,
é poder viver a infância.
Ser criança,
é ter direito a uma moradia de qualidade,
para que elas possam crescer com dignidade.
Ser criança,
é ter direito a um saudável alimento,
para que elas possam ter um bom crescimento.
Ser criança,
é ter direito a uma boa educação,
para um dia ser um bom cidadão.
Ser criança,
é viver em harmonia com os pais,
para que elas possam viver em paz.
Ser criança,
é poder ser feliz,
porque elas são o futuro do nosso país.

de Patrícia Dayanne
Alto Santo - CE

CRIANÇAS






quarta-feira, 5 de maio de 2010

CONHECENDO FORTALEZA

A melhor maneira de conhecer os atrativos históricos e culturais de Fortaleza é fazendo uma boa caminhada. A maioria das construções se concentra no Centro da cidade, como o imponente Theatro José de Alencar, com fachada no melhor estilo art nouveau. Também nas redondezas, o Museu do Ceará guarda peças e documentos que contam a história do estado. Já o maior espaço cultural da capital está em Iracema - o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, bastante moderno e emoldurado por antigos casarões restaurados, reúne de museus a cinema. Fora do circuito, os destaques são a Casa de José de Alencar, no bairro de Messejana; e o Museu do Maracatu, no Cristo Redentor.